quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

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Sim tu! Filha de mãe e de pai! Apadrinhada de bruxa. Passados meses persegues aqueles que te querem no fundo do esquecimento. Apareces em sonhos e dás o ar da tua graça, a luz, a alegria, a angústia, a confusão. E agora? queres o quê? Que me ponha de joelhos e chore pela merda que fiz? Sim, mil desculpas posso dizer e nada te vão valer. Que te deu para seguires um descompensado, lunático, aluado do mundo. Era isso que te fascinava ou o pouco de humano que ele tinha? Tu que eras o sol para as minhas mais profundas trevas, tu que eras o nascer do meu sorriso, tu que eras o por do sol da minha calma. O que te faltava para satisfazer a imaturidade que havia em mim?

AC

sábado, 4 de março de 2017

Refúgio

São erros constantes na vida que nos remetem a um pensamento inútil de não vivência. São os mesmo erros que nos fazem crescer e regredir. São erros que nos fazem pensar e chegar às conclusões mais certas. São erros os que nos levam a pensamentos erráticos e sem sentido. É por vezes a distância que nos faz viver a falta de alguém a qual não queremos largar por nada. A distância que nos atrai, aumenta a fome do querer, a saudade de viver. Viver junto de quem um dia queremos tão perto, como uma simbiose perfeita entre dois corpos que se tornam um só; no outro dia não conseguimos ver ninguém à frente e tudo nos parece errado. Não é fácil lidar com o sentimento de amar, e enganem-se aqueles que julgam o amar igual a cliché. Um dia és a mais bela cerejeira em flor, no outro és a raiz mais negra e profunda que existe em mim. No entanto não deixas de cá estar e a beber da mesma fonte que eu. A fonte que se chama Loucura. A loucura de querer sempre mais e melhor mesmo cometendo os mesmos erros com base em crenças que não existem.